terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A historia de Portugal e Espanha

O aparecimento desses filhos foi novo desastre que, ainda mais, veio agudizar a situação já de si difícil. A história de Portugal e Espanha estava cheia de casos de situações embaraçosas e perturbações graves provocadas por filhos ilegítimos; o próprio monarca não esquecera as situações incómodas que teve com os bastardos de D. Dinis e que o fizeram perder a serenidade e o respeito pelo seu pai, para grande desgosto da Senhora sua mãe, a virtuosa Rainha Santa Isabel.
Por essa altura, Espanha encontrava-se em grave agitação, após a morte de Afonso XI. O reinado de D. Pedro, O Cruel, de Espanha, estava a ser complicado. Os irmãos de Inês tentam Pedro a juntar os reinos de Leão e Castela a Portugal, pois Pedro era, por sua mãe, neto de D. Sancho IV. Chegam em 1354 a convencer Pedro a pôr-se à frente da conjura, proclamando-se pretendente às coroas castelhana e leonesa. Foi novamente a intervenção enérgica do Afonso IV que evitou que tal sucedesse. O Rei Afonso sempre se manteve numa linha de neutralidade, abstendo-se de intervir na política de outras nações, o que lhe permitia paz e respeito perante a comunidade internacional. Ora estas conspirações em que Pedro se envolvia no país vizinho podiam comprometer tudo.
Para incendiar mais ainda a situação, querem fazer crer a Afonso IV que os Castros queriam ver o Infante Fernando assassinado, uma vez que era ele o sucessor de Pedro, e não os filhos resultantes da sua união com Inês. O monarca vê o seu coração amargurado e vê-se no meio de uma trama que só ele podia resolver. A culpa de tudo era aquela mulher de nome Inês.

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