segunda-feira, 9 de março de 2009

Poemas

Tristes acontecimentos,
Estes que vou narrar,
A história de Inês,
A quem mandaram matar.

O amor mais puro,
E digno da memória,
Devotou ao seu amado,
Numa breve história.

Pedro e Inês,
Almas o amor juntou,
Por ele ela lutou,

A seguir alguém a matou,
Mas D.Pedro sempre amou,
E na vida a morte vingou.

Poemas do blogue de killas...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

D. Inês de Castro


Inês de Castro chegou a Portugal em 1340, integrada como aia no séquito de Constança Manuel, filha de João Manuel de Castela, um poderoso nobre descendente da Casa real Castelhana, esposa, por arranjo dos pais, do príncipe Pedro, herdeiro do trono português. Era tão invulgar a formosura de D. Inês, que logo o príncipe-real se deixou impressionar, vindo a apaixonar-se por Inês pouco tempo mais tarde. Tal romance começou a ser comentado e mal aceite na corte e pelo próprio povo.

El-Rei D. Afonso IV


El-Rei D. Afonso IV, Senhor de brandos costumes e firme de valores não aprova tal relação, uma vez que Pedro era casado com D. Constança Manuel, então manda exilar Inês no Castelo de Alburquerque, na fronteira espanhola, em 1344. No entanto, a distância não apagou o amor entre os dois apaixonados e, segundo a lenda, continuavam a corresponder-se com frequência.

D. Constança Manuel


Em Outubro do ano seguinte, Constança morreu ao dar à luz o futuro Fernando I de Portugal, deixando Pedro viúvo. Pedro manda regressar Inês do exílio e os dois foram viver juntos para sua casa, vivendo em maridança, o que provocou grande escândalo na corte, para enorme desgosto de El-Rei seu pai. Começa então grande desvario entre o Rei e o Infante.

Irmãos de D. Inês


D. Inês tinha dois irmãos e uma irmã. D. Pedro depressa fica íntimo dos irmãos de D. Inês - Fernando de Castro e Álvaro Pirez de Castro - o que nada agradava aos fidalgos da corte que foram criando várias intrigas junto do velho Rei Afonso, já de si estava magoado com a rebeldia do filho.

D. Afonso IV tenta remediar a situação casando de novo o seu filho com uma dama de sangue real. Porém, Pedro rejeita tal situação alegando que sentia ainda muito a perda de sua mulher Constança e que não conseguia ainda pensar, de novo, em casamento. No entanto, fruto do namoro de Pedro e Inês, vão surgindo um após outro, filhos: Afonso (que morre pouco depois de nascer), João, Dinis e Beatriz.

A historia de Portugal e Espanha

O aparecimento desses filhos foi novo desastre que, ainda mais, veio agudizar a situação já de si difícil. A história de Portugal e Espanha estava cheia de casos de situações embaraçosas e perturbações graves provocadas por filhos ilegítimos; o próprio monarca não esquecera as situações incómodas que teve com os bastardos de D. Dinis e que o fizeram perder a serenidade e o respeito pelo seu pai, para grande desgosto da Senhora sua mãe, a virtuosa Rainha Santa Isabel.
Por essa altura, Espanha encontrava-se em grave agitação, após a morte de Afonso XI. O reinado de D. Pedro, O Cruel, de Espanha, estava a ser complicado. Os irmãos de Inês tentam Pedro a juntar os reinos de Leão e Castela a Portugal, pois Pedro era, por sua mãe, neto de D. Sancho IV. Chegam em 1354 a convencer Pedro a pôr-se à frente da conjura, proclamando-se pretendente às coroas castelhana e leonesa. Foi novamente a intervenção enérgica do Afonso IV que evitou que tal sucedesse. O Rei Afonso sempre se manteve numa linha de neutralidade, abstendo-se de intervir na política de outras nações, o que lhe permitia paz e respeito perante a comunidade internacional. Ora estas conspirações em que Pedro se envolvia no país vizinho podiam comprometer tudo.
Para incendiar mais ainda a situação, querem fazer crer a Afonso IV que os Castros queriam ver o Infante Fernando assassinado, uma vez que era ele o sucessor de Pedro, e não os filhos resultantes da sua união com Inês. O monarca vê o seu coração amargurado e vê-se no meio de uma trama que só ele podia resolver. A culpa de tudo era aquela mulher de nome Inês.